Podemos dar uma pepita de ouro a um macaco e ele irá atirá-la como se fosse uma pedra. Porém, se a dermos a um ser humano, ele irá transformá-la em riqueza. O valor das coisas não é fixo e, muitas vezes, os tutores abandonam os animais sem se aperceberem dos grandes tesouros que tinham em casa.
A associação Pata D’Açúcar vem provar este ponto de uma forma clara. Através do resgate de patudos, este grupo de voluntários consegue treinar cães de alerta médico, com a capacidade de detetarem hipoglicemias em humanos com diabetes tipo 1.
Não importa a raça ou o tamanho, esta entidade sem fins lucrativos promove o treino de cães resgatados de abrigos e animais abandonados. “A vida é feita de novas oportunidades. Ao resgatarmos cães de abrigos e ao prepará-los para virem a ser cães de alerta médico, damos uma nova oportunidade à vida dos animais e à qualidade de vida das pessoas com diabetes”, refere a associação.
Nesta temática, o Parque Urbano do Seixal acolhe no próximo sábado, 16 de novembro, entre as 9 e as 17 horas, a segunda edição do Bootcamp Pata d’Açúcar, realizada no âmbito das comemorações do Dia Mundial da Diabetes. A iniciativa, desenvolvida pela Associação Pata D’Açúcar, em parceria com a Câmara Municipal do Seixal, procura desmistificar a doença, demonstrando que a diabetes não é um fator incapacitante para o portador.
Para isso, propõe um programa que integra workshops, demonstrações de modalidades desportivas, showcooking, rastreio visual e de glicemia, massagens, entre outras atividades direcionadas para as pessoas com diabetes e seus acompanhantes. O projecto Pata D’Açúcar, deste modo, abre novos horizontes no auxílio às pessoas com diabetes no que diz respeito ao seu auto-controlo. A complementaridade entre os equipamentos disponíveis e o cão, enquanto animal de companhia, reforça a vigilância permanente dos valores de glicemia a que pessoa com diabetes está sujeita.