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Câmara do Seixal coloca no mercado casas com rendas acessíveis para jovens

Presidente do município explica, em exclusivo à NiS, como funciona o programa de arrendamento jovem acessível no concelho.
Rendas entre os 350€ e os 400€.

O mercado imobiliário na região da Grande Lisboa vive um momento onde a especulação ganha terreno com os preços das casas para venda a atingirem valores milionários e com uma escassez de imóveis para arrendar a colocarem os preços em fasquias ao alcance de poucos. Uma das faixas etárias com mais dificuldade em arranjar casa são os jovens que querem iniciar uma vida independente. E o concelho do Seixal não é exceção.

Em entrevista exclusiva à NiS, Paulo Silva, presidente da Câmara Municipal do Seixal, sublinhou que o custo da habitação está na lista de prioridades do atual executivo, defendendo que “especulação imobiliária é a chamada mão invisível do mercado a funcionar sendo que o município não pode fazer muita coisa para impedi-la.”

Apesar de não ter capacidade para controlar o mercado, o presidente reforçou que é fundamental o executivo “criar condições para que os jovens do concelho aqui continuem a residir”. Para tal, avançou que a autarquia está “a desenvolver um programa de arrendamento jovem acessível” e que até ao final do atual mandato espera que estejam cerca de 500 fogos no mercado de arrendamento.

No final de 2022, segundo Paulo Silva, foram comprados 12 lotes de terreno para a construção de 96 fogos na Arrentela e estão em curso negociações para outros terrenos tendo em vista a construção de mais 500 fogos. “Para iniciar esse processo, a Câmara comprou, no final do ano passado, 12 lotes de terreno e estamos já a desenvolver o projeto para ser apresentada a candidatura no âmbito do PRR (Plano de Recuperação e Resiliência) para cerca de 100 fogos”, acrescentando: “Estamos já a ver outros terrenos municipais em que possam ser desenvolvidos outros projetos para arrendameno acessível”.

“É ao abrigo de programas governamentais de financiamento a taxas reduzidas e com o dinheiro das rendas que iremos amortizar o empréstimo e tornar a habitação acessível a mais habitantes do Seixal”, explica o líder da autarquia. E o objetivo é claro: “Queremos introduzir no mercado casas com um custo mensal entre os 350€ e os 400€, ou seja, metade do valor que hoje se pratica no concelho.”

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