As despesas fazem parte do nosso dia a dia. Com a inflação, a maioria das famílias tenta poupar ao máximo, seja na comida, roupa, material escolar, gasolina, transportes ou estacionamento. Este último traduz-se num sentimento agridoce para quem apanha o catamarã no Terminal Fluvial do Seixal, já que os utentes têm de pagar a viagem e ainda o estacionamento do carro. Porém, em breve, esta saga vai acabar.
A partir de outubro, a Câmara Municipal do Seixal vai passar a assegurar a gestão e o funcionamento do parque de estacionamento do Terminal Fluvial do Seixal, fruto de uma parceria entre a autarquia, a Administração do Porto de Lisboa e a Transtejo. Paulo Silva, presidente da autarquia do Seixal, afirma que esta era uma “antiga reivindicação da Câmara Municipal do Seixal”, que foi finalmente concretizada.
“Este parque encontra-se subutilizado e a autarquia pretende colocar o mesmo com acesso gratuito à população, medida que trará consigo o reordenamento do estacionamento circundante, ao mesmo tempo que nos propomos reabilitar toda aquela área. Pensamos que será um forte incentivo à utilização do transporte público fluvial”, diz o presidente.
Pretende-se ainda, desta forma, evitar o atual estacionamento nas imediações deste espaço, bem como apoiar todos os que utilizam o transporte fluvial que, assim, deixarão de pagar o parqueamento da viatura. A medida deverá entrar em vigor a 1 de outubro de 2024 e terá uma duração prevista de dez anos.
Recorde-se que, em agosto de 2021,o município assumiu, integralmente, as despesas relativas à utilização do Parque de Estacionamento A5 de Foros da Amora que, até esse momento, estava concessionado à Fertagus, isentando os cidadãos de pagarem a utilização daquele espaço e proporcionando condições mais atrativas para o uso regular dos comboios e dos autocarros.
Neste momento, a Câmara do Seixal está em negociações com a Fertagus para que alguns dos parques de estacionamento existentes nas imediações das estações de Corroios e Fogueteiro passem a ser geridos pela autarquia e, consequentemente, sejam gratuitos para a população.
Navios elétricos só começam a circular em setembro
A ligação entre o Seixal e o Cais do Sodré, feita pela Transtejo, foi adiada pela terceira vez. Embarcações deviam ter começado a funcionar durante o mês de julho.
A nova previsão do funcionamento dos veículos elétricos está para a segunda quinzena de setembro. Trata-se da terceira data anunciada para o arranque da frota, inicialmente apontada para o final de abril.
“Sobre o início de atividade da Frota Elétrica e também de acordo com alguma informação que já tivemos oportunidade de facultar, neste momento continuamos a fase de testes, mas os novos navios elétricos deverão entrar ao serviço público na segunda quinzena de setembro”, refere a empresa.
Na origem do atraso tem estado a demora nos trabalhos de instalação do posto de carregamento no Terminal Fluvial do Seixal. Como o “projeto tecnológico totalmente inovador e pioneiro está sujeito a licenciamentos por várias entidades”, os trabalhos mostraram-se mais morosos do que o inicialmente previsto.
Dos dez navios da frota 100 por centro elétrica da Transtejo Soflusa, cinco já estão em Lisboa, como o Cegonha-Branca, Garça-Vermelha ou Flamingo Rosa. O Ibis-Preto atracou a 21 de abril e, a 4 de junho, foi a vez do Tarambola-Dourada. Este ano deverão ser entregues mais dois navios e os três restantes em 2025.