A partir do primeiro trimestre de 2023, quando passar pelo número 7 da Rua Cidade de Beja, em Corroios, não vai conseguir deixar de olhar para aquele edifício. É lá, num espaço que era anteriormente o antigo Energym, que vai abrir o próximo ginásio da Margem Sul: o Fittejo. O nome não lhe deve ser estranho e nós explicamos porquê.
A verdade é que este não é o primeiro projeto da marca. O original abriu em maio de 2019 na Moita e foi um de muitos espaços no País que foram obrigados a adaptar-se em tempos de pandemia. Esteve encerrado durante o confinamento, mas continuou a oferecer aulas online e a explorar formas diferentes de chegar aos sócios. Passada a pior fase da pandemia, voltou a abrir na mesmo localização com mais de dois mil metros quadrados divididos por dois pisos.
O próximo espaço não vai ser tão grande, mas irá oferecer muitos motivos para o visitar. A data exata de abertura ainda não é conhecida, mas já revelaram à NiT algumas das características do novo ginásio que vai contar com mais de mil metros quadrados. Espalhados pela grande área, vão ser colocados três estúdios de aulas: o primeiro dedicado ao ioga, Pilates e manutenção, o segundo e maior vai receber modalidades como BodyPump, bumbum, localizada, Bodyattack e, por último, terceiro será exclusivo para cycling.
O clube terá ainda gabinetes de avaliação física e de nutrição, além de uma sala de exercício com todo o tipo de máquinas, uma zona de treino funcional, balneários com acesso a cacifo e banhos. Terá também uma zona de pesos livres, uma de cardio e uma área reservada para as aulas para miúdos. Desde 1 de novembro, esta terça-feira, já pode ir conhecer o espaço (entre as 11 às 20 horas de segunda a sexta-feira) onde vai poder começar a treinar.
As inscrições online já estão abertas e o Fittejo tem uma campanha especial de pré-abertura para sócio fundador disponível até ao final do mês, sendo que as vagas são limitadas. Pode ficar a pagar o valor semanal de 5,75€ (horário limitado) ou 6,90€ (livre-trânsito com aulas). A partir daí, o preço de tabela é de 12,50€ e dá acesso ao livre-trânsito com aulas.
As adesões podem ser feitas através do número de telemóvel 918 888 459 ou nas instalações do clube. “Os utilizadores inscritos no espaço da Moita vão poder usar o ginásio em Corroios, e vice-versa”, garantem. “Porém, as vagas são limitadas para esta modalidade também”. Ao fazer a inscrição antecipada, recebe-se um kit sócio fundador com várias ofertas.
“Terá a marca Fittejo — com os mesmos serviços, características, e com a garantia de serviço de qualidade e excelência dos últimos três anos. Refelte a resiliência de quem já passou por duas pandemias e mesmo assim procura mais e melhor: desta vez, dar mais e melhor à população de Corroios”, asseguram. Com a mesma vontade de “proporcionar um maior bem-estar a todos aqueles que acreditam no exercício físico como forma de promoção da saúde”, levam até à nova paragem “a possibilidade de treinar num espaço acolhedor, com ambiente familiar, mas altamente profissional”.
Como tudo começou
Na Páscoa de 2018, Carlos Caeiro (um dos fundadores), que vivia em Guimarães, fez uma visita ao irmão Ricardo Caeiro (o segundo sócio) e à cunhada Jéssica Oliveira (a terceira parte) e durante uma conversa banal acabaram por desenhar um novo projeto de vida. O casal, que vive na Moita, fazia vários quilómetros todos os dias até ao Montijo para ir treinar, uma vez que achavam que não tinham nenhum espaço na vila com qualidade. Rapidamente se aperceberam de que não eram os únicos e que talvez pudessem fazer algo para preencher essa lacuna. Pelo menos, experiência não lhes faltava.
Carlos, 35 anos, é formado em Educação Física, já foi professor de aulas de grupo e até passou por um ginásio como coordenador. O irmão Ricardo, 28 anos, tem um mestrado em treino desportivo, trabalhou durante quatro anos como treinador principal da Escola Academia do Sporting Clube de Portugal — Moita e esteve outros quatro anos como treinador adjunto na Academia do SCP em Alcochete. Portanto, ambos estavam ligados ao desporto. Já Jéssica, de 28 anos, que começou o seu percurso em estágios em rádios nacionais, tem um mestrado em Ciências da Comunicação, pelo que podia tratar de toda a divulgação — atualmente, também dá aulas como monitora na Universidade Católica Portuguesa, onde está a terminar o doutoramento em Ciências da Comunicação, e produz conteúdos para uma rádio digital.
Em 2017, Carlos já queria criar uma espécie de box no norte e convidou Ricardo para o projeto. Como o casal tinha trabalhos fixos na Margem Sul, sentiram que aquele não era o momento para saírem da região e a ideia ficou em cima da mesa. Cerca de um ano depois é que tudo começou a fazer sentido.
“Em fevereiro de 2018, decidimos levar isto para a frente. Encontrámos logo um sítio e já tínhamos ideias e orçamento. Até prevíamos abrir no final desse ano. No entanto, a meio do verão o negócio ficou sem efeito. Lembro-me que recebemos a notícia quando estávamos os três no Alentejo a almoçar polvo à lagareiro e que disse: ‘Fecha-se uma porta, abre-se uma janela’. Parecia super cliché, mas a verdade é que o nosso sonho estava apenas adiado”, conta à NiT Jéssica.
Depois de muitas chamadas e emails nos dias seguintes, conseguiram o espaço perfeito: o tal edifício onde estava a oficina. Fica no caminho para a estação de comboios da Moita. Foi lá que, em vez de carros e óleos, passaram a estar máquinas e estúdios cheios de pessoas a trabalhar o corpo e a saúde.
“Criámos um ginásio com foco no sócio, isto é, no que ele quer e precisa. O que nos distingue é o facto de temos profissionais disponíveis todos os dias para ajudar e de tudo ter sido pensado ao pormenor, desde a escolha da equipa às cores do clube que tornam o ambiente o mais acolhedor possível.”