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Thriller sangrento produzido na Indonésia é o mais recente fenómeno da Netflix

O mundo inteiro está viciado em “Perdida na Sombra” — e Portugal não é exceção. O filme tem sido comparado a “John Wick”.
É o novo fenómeno do streaming.

“Perdida na Sombra” é o mais recente fenómeno da Netflix. Atualmente, é o conteúdo mais visto na plataforma em todo o mundo, inclusive em Portugal. O filme, oriundo da Indonésia, está a ser comparado a grandes sucessos no cinema de ação.

Sob a direção de Timo Tjahjanto, este thriller centra-se em Thirteen, uma assassina interpretada por Aurora Ribero, que se depara com um conflito moral durante uma das suas missões. Quando regressa a casa, envolve-se numa busca intensa para salvar um miúdo, o que a coloca em rota de colisão com uma organização obscura conhecida como The Shadows.

Tjahjanto, responsável também por obras como “Killers”, “The Night Comes For Us” e “V/H/S/94”, é amplamente reconhecido pelas sequências eletrizantes, ritmo acelerado e cenas de luta sangrentas. Em “Perdida na Sombra”, a sua abordagem suscitou comparações com clássicos do género, como “John Wick” e “The Raid”.

O principal objetivo do cineasta indonésio, de 44 anos, era expandir os limites do cinema de ação, segundo afirmou numa entrevista à revista online “City on Fire”. 

“Queria que o filme parecesse cru, como se o espectador estivesse cercado pelos acontecimentos, mas também queria que tivesse um toque surreal. Afinal, a própria violência torna-se a linguagem das personagens.”

Durante as filmagens, Tjahjanto optou por evitar o recurso a efeitos especiais computacionais para simular o sangue constantemente expelido pelas personagens. 

“Há uma cena maluca mais para o final do filme em que Thirteen utiliza uma chave de fendas para enfrentar os que cruzam o seu caminho. É um dos meus momentos favoritos porque é completamente absurdo, com sangue a jorrar em todas as direções, mas faz sentido no contexto da narrativa. Foi uma loucura e adorei”, explica ao “Polygon”.

Timo confessa que, para concretizar o filme dos seus sonhos, precisava de uma protagonista disposta a enfrentar desafios nas gravações — e Aurora Ribero aceitou a tarefa. Para se preparar, treinou artes marciais e coreografia de luta durante quatro meses. “Foi extremamente desafiador, mas ajudou-me a compreender melhor a Thirteen e as emoções que enfrenta ao longo da trama”, conta a atriz de 20 anos ao “Martincid”. E acrescenta: “Precisei de me esforçar física e mentalmente, de maneiras que nunca imaginei.”

Apesar dos “meses árduos” de gravações, Ribero considera o papel “muito empolgante”. “Nunca interpretei uma personagem como esta. Debate-se constantemente com o passado e o desejo de liberdade. Tive de expressar esse conflito em cada soco e pontapé”, brinca.

A violência permeia as mais de duas horas e 20 minutos do filme, falado em indonésio. No entanto, Tjahjanto assegura que é também uma narrativa profundamente humana. “Queria demonstrar que, mesmo em meio ao caos, existe uma mulher que está apenas a tentar encontrar o seu lugar no mundo.”

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