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“The Covenant”: o novo filme de Guy Ritchie com Jake Gyllenhaal chegou ao streaming

Conta a história de um militar que serviu no Afeganistão e é considerado o melhor trabalho do cineasta nos últimos tempos.
Uma relação de sobreviência

Guy Ritchie tem-se mantido ocupado. Este ano, o realizador britânico já lançou dois filmes: “Operação Fortune: Missão Mortífera” — uma comédia de ação muito ao seu estilo —, e “The Covenant”.

Disponível a partir desta sexta-feira, 2 de junho, na Amazon Prime, este último é um filme de tom mais sóbrio e junta pela primeira vez Ritchie ao ator Jake Gyllenhaal. A narrativa aborda a guerra no Afeganistão e a relação entre as forças norte-americanas destacadas no local e os aliados afegãos na luta contra os talibãs.

No centro da trama está John Kinley (Gyllenhaal), sargento do exército dos EUA destacado no país do Médio Oriente. O militar conhece já no terreno Ahmed, o seu intérprete afegão, cuja representação ficou a cargo de Dar Salim, ator dinamarquês de origem iraquiana.

Apesar da frieza e desconfiança mútuas demonstradas no início, Ahmed torna-se essencial para Kinley. Cedo se percebe que o aliado afegão quer tanto derrotar os talibãs quanto o soldado. Tal fica especialmente aparente após salvá-lo de uma emboscada.

Perante a abnegação do intérprete, o sargento quer recompensá-lo com vistos de entrada nos EUA (para ele e para a família). Essa promessa, no entanto, não é cumprida pelo estado norte-americano. É precisamente daqui que vem o nome “The Covenant”, termo que significa pacto ou promessa. A situação força Kinley, que já tinha abandonado o Afeganistão, a regressar para salvar Ahmed dos talibãs.

Os fãs de Ritchie podem ficar descansados, já que poderão contar com cenas de ação como aquelas que o celebrizaram nos filme da saga Sherlock Holmes. “The Covenant”, todavia, demonstra o realizador a explorar um tipo de história com mais nuance e de cariz mais político.

Afinal de contas, é uma obra lançada após a saída apressada das tropas norte-americanas do Afeganistão em 2021. A retirada deixou os afegãos que tinham colaborado com as forças ocupantes em risco de vida perante a subida ao poder dos talibãs.

A mudança de tom de Ritchie parece ter dado frutos junto da crítica: o Los Angeles Times diz tratar-se “do seu melhor filme em vários anos”. Já o The New York Times considera que, apesar de cair em alguns clichés, esta é uma obra “furiosa e desconfortável que pesa na consciência”.

Carregue na galeria para ficar a conhecer as novas séries que chegam à televisão em junho.

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