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Romance proibido, preconceito e famílias rivais: vem aí o novo drama da RTP

Baseado num conto de Manuel da Fonseca, "O Ódio das Vilas" mostra os choques sociais no Portugal de outros tempos.

Em 1942, Manuel da Fonseca publicou o livro “Aldeia Nova”, uma coletânea de contos escritos entre os anos 20 e 30. Muitos foram publicados em jornais e destacaram-se pelo tom neorrealista e pela atenção às condições sociais, humanas e económicas das personagens. Um desses textos chega agora à televisão. “O Ódio das Vilas” estreou esta segunda-feira, 26 de maio, às 21 horas na RTP1.

Com realização de Luís Porto, o filme mergulha nos dilemas de uma sociedade onde o preconceito molda valores e tradições familiares. O protagonista, António Vargas, é um jovem que desperdiçou a juventude privilegiada numa vida boémia. Quando regressa à vila da família, cruza-se com a filha do caseiro nas suas propriedades — uma mulher simples, que corresponde ao ideal com que sempre sonhou.

Este gesto desperta o escândalo entre as elites locais, que não aceitam a aproximação entre classes sociais. O amor torna-se um crime aos olhos da moral vigente, e o conflito entre famílias instala-se. “Um retrato inquietante de uma sociedade onde o amor é contrário à moral e bons costumes”, descreve a estação pública.

O elenco é liderado por Lourenço de Almeida (“O Crime do Padre Amaro”) e Miguel Amorim (“The One”). Juntam-se ainda Carlos Sebastião, Cristina Cavalinhos, Jaime Monsanto, Oksana Tkach, Rita Rocha Silva e Rui Spranger. O argumento foi escrito por Luís Porto, Ana Vasques (“Laços de Sangue”) e Miguel Simal (“Glória”).

 

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