Godzilla prepara-se para voltar a destruir a cidade de Tóquio. O perigo que representa é tal, que foi preciso chamar uma família icónica para lidar com o monstro. Kurt Russell (“The Thing”, “Escape from New York”) e o filho, Wyatt Russell (“Black Mirror”, “O Falcão e o Soldado do Inverno”) foram os escolhidos para o desafio. O velho ritual da destruição da capital japonesa vai receber pela primeira vez uma adaptação live-action para a televisão, em “Monarch: Legacy of Monsters”. A série estreou na AppleTV esta sexta-feira, 17 de novembro.
A produçãio funciona como o Universo Cinematográfico da Marvel, onde filmes e séries se entrelaçam numa única narrativa. “Monarch” é a mais recente adição ao “MonsterVerse”, onde convivem os recentes remakes de Godzilla e King Kong. Os novos episódios acontecem após os eventos da longa-metragem de Gareth Edwards, de 2014, onde o monstruoso lagarto destruiu a cidade após lutar contra MUTOs (sigla para “enorme organismo terrestre não identificado”).
Entre estas criaturas, existe um drama familiar que se vai desenrolar ao longo dos dez episódios. Após a morte do pai, Cate (Anna Sawai) viaja dos Estados Unidos para o Japão para resolver algumas questões que deixou pendentes. No entanto, durante a estadia, descobre que o progenitor tinha uma segunda família.
Como se isto não fosse suficiente, também estava envolvido com a agência secreta Monarch, especializada na investigação dos monstros que aterrorizam o mundo. A jovem acaba por conhecer a meia-irmã, Kentaro (Ren Watabe) e, juntas, tentam decifrar os segredos do pai.
No meio desta trama, somos apresentados a um personagem, o oficial do exército Lee Shaw, que esconde pistas essenciais para resolver o mistério. O personagem é interpretado em duas linhas temporais: no presente por Kurt Russell e no passado por Wyatt. Apesar de não contracenarem juntos, esta é a primeira vez que ambos participam no mesmo projeto.
Quando receberam o convite, ambos sentiram que tinha potencial para ser um desafio interessante. Não estavam interessados em interpretar pai e filho, isso era demasiado fácil e óbvio. Agora, interpretarem a mesma pessoa era outra conversa. “Dei por mim a pensar: o Wyatt vai criar este personagem e eu vou interpretá-lo mais velho, por isso, tudo tem de fazer sentido”, explicou Kurt, ao “Entertainment Tonight”. “A certa altura, percebi que o observei toda a vida, mas nunca o tinha examinado”, confessou, acrescentando que até começou a identificar pormenores que se assemelhavam ao seu comportamento.
O mais novo não encontra tantas semelhanças com o protagonista de “Big Trouble in Little China”. No entanto, quando olha para o filho, refere que existem muitas semelhanças com o avô. “Existem certas coisas que ele faz que me deixam a pensar: ‘’meu deus, és igual ao meu pai’”.
Além de oferecer a oportunidade de trabalhar ao lado do progenitor, Wyatt elogiou também a coragem dos criadores de “Monarch”. Perante estes monstros tão icónicos, que renderam milhares de milhões nas bilheteiras, os criativos atreveram-se a virar o foco para os seres humanos.
“Os argumentistas tentaram criar uma série que fosse mais do que apenas fugir de um monstro”, explicou. “O desafio a que se propuseram foi criar personagens com profundidade, para que a audiência se pudesse conectar com elas e preocupar-se quando estivessem em perigo”, afirmou.
A série criada por Chris Black e Matt Fraction chegou esta sexta-feira, 17 de novembro, à plataforma de streaming AppleTV. Conta com 10 episódios onde participam atores como Mari Yamamoto, Kiersey Clemons, Christopher Heyerdahl, Qyoko Kudo e Anders Holm.
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