Desde que foi anunciado, o filme live-action de “A Pequena Sereia” tem dividido opiniões. Sobretudo pela escolha de Halle Bailey para ser a primeira mulher negra a interpretar Ariel. Por um lado, registaram-se reações emocionadas de várias meninas que se reviram na cor de pele da nova protagonista, mas muitos demonstraram o seu desagrado com a escolha da Disney.
Ainda assim, a atriz não se deixou afetar pelas críticas de que foi alvo. Numa entrevista ao “The Guardian”, publicada este sábado, 20 de maio, falou sobre a importância da representação e ainda desabafou sobre os ataques racistas de que foi alvo online.
“É claro que já estava à espera. No mundo em que vivemos hoje, basta seres uma mulher negra que já te dá consciência de que certas coisas vão acontecer na tua vida. Não fiquei surpreendida nem chocada com os ataques que recebi”, disse ao jornal britânico.
Quando foi anunciado que Bailey tinha ficado com o papel, em 2019, a hashtag #NotMyAriel tornou-se viral nas redes sociais. O convite para fazer um casting por parte do diretor, Rob Marshall, surgiu após vê-la a atuar nos Grammys desse ano com a irmã, Chloe Bailey.
Sobre o motivo de ter aceitado fazer parte do filme, explica: “Se eu tivesse visto uma sereia negra na minha infância, teria sido uma loucura. Teria mudado toda a minha perspetiva, a minha vida, a minha confiança e a minha autoestima”.
“É transformador ver alguém que se parece contigo em determinados papéis. Algumas pessoas pensam que não faz diferença, mas essas pessoas geralmente viram-se representadas nesses papéis a vida inteira. Não significa muito para eles, mas para nós sim”, concluiu.
No filme, a história mantém-se praticamente inalterada. Ariel é uma princesa sereia que sonha em poder conhecer a superfície e acaba por fazer um trato com Úrsula, que lhe dá um corpo de humana.
A chegada da longa-metragem aos cinemas está prevista para 26 de maio de 2023. Halle Bailey terá como colegas de elenco nomes como Melissa McCarthy, Javier Bardem ou Jonah Hauer-King, entre outros.