Um legado, mas muitas lembranças, talvez seja isto que configura e que melhor descreve a Exposição Fotográfica Augusto Cabrita, que foi inaugurada na passada sexta-feira, dia 2 de junho, pelas 19 horas na Galeria de Exposições Augusto Cabrita.
Ao longo de várias imagens que representam e têm como temática a relação de Augusto Cabrita com o rio Tejo e a Baía do Seixal, é possível encontrar vários elementos que são típicos da paisagem e que procuram transmitir uma sensação de aproximação ao mar, como as gaivotas e os barcos. Em cada fotografia capturada existe um pequeno texto que recorda e dá a conhecer a personalidade de Augusto Cabrita, bem como algumas palavras amigas e de saudade.
A entrada é totalmente gratuita e todos os interessados nesta mostra de fotografias antigas podem visitar este espaço entre as 10 horas e as 20h30 de terça a sexta-feira e das 14h30 às 20h30 aos sábados, sendo que domingo e segunda-feira o espaço encontra-se encerrado ao público.
A beleza artística destas imagens, expostas até dia 15 de junho, acompanham a transição da fotografia a preto e branco à fotografia a cores, que, apesar de não serem tão vibrantes e chamativas como as capturas atuais, ainda assim é possível sentir a essência e a envolvência dos locais.
Augusto Cabrita nasceu no concelho do Barreiro a 16 de março de 1923 e faleceu dia 1 de fevereiro de 1993. Com a sua partida deixou um grande trabalho como fotojornalista de revistas, além de ter trabalhado em televisão e cinema, onde conseguiu, de uma forma mais firme, definir a personalidade dos trabalhos que ia realizando. Neste mundo, Augusto Cabrita andava sempre acompanhado por uma máquina fotográfica, que com o passar dos anos se transformou numa câmara de filmar que utilizou para ser operador de câmara, diretor de fotografia, realizar, produtor e um repórter.
Ainda em vida, Augusto Cabrita disse que estas fotografias “não foram tiradas para estar exposição”, já que os enquadramentos, o ritmo, as atmosferas e o próprio tratamento de imagem foram feitos a pensar “na natureza cinematográfica e não na fotográfica”.