Nunca é tarde para aprender um novo ofício. Com esforço e dedicação, tudo é possível, e a história do vencedor da categoria de “Melhor Chef” nos Prémios NiS 2024 é prova disso. Durante a última quinzena de dezembro, os nossos leitores tiveram a oportunidade de votar nas novidades que mais se destacaram na área de lifestyle do concelho no último ano. Dos cinco nomeados para “Melhor Chef”, foi Nuno Costa que conquistou o primeiro lugar, com 45 por cento dos votos.
“Estou muito agradecido por terem votado em mim e na marca Gonzagalez, é um reflexo do esforço que temos colocado no projeto. Não quero transmitir que fui melhor ou pior que outras pessoas, mas a verdade é que procuramos ter os melhores produtos do mundo na nossa casa e estamos sempre a aprender maneiras de inovar e truques para que tudo o que servimos esteja no ponto perfeito”, comenta o chef.
Nuno trabalhou durante 27 anos numa empresa de organização de eventos. Fez de tudo por lá, desde a organização à produção, mas nunca se dedicou verdadeiramente à parte da comida. Considera a mãe uma “grande cozinheira” e foi ela que o ensinou a dar os primeiros toques na cozinha.
“Sempre fiz pratos com a minha mãe, seja para amigos ou visitas, eu gostava de a ajudar, mas nunca passou muito daí. Tudo começou à séria em 2016, quando eu e a Selma, a minha mulher, decidimos que íamos abrir o nosso próprio negócio”, revela à NiS.
Durante cinco anos, Nuno tirou cursos, fez formações e não deixou escapar nenhum workshop, por mais pequeno que fosse, poderia ter o pequeno detalhe que estava à procura. Queria especializar-se em carnes, um mundo que já conhecia por o tio ter um talho. Admite que “até tinha jeito” para cortar algumas peças.
Durante a pandemia da Covid-19, abriu o Gonzagalez Bistrô, porém, sem a quantidade de carnes premium que tem hoje. Começou por cozinhar T-Bones, era a peça que queria mostrar aos clientes, e ainda se lembra da primeira vez que cozinhou um.
“A preparação de carnes tem os seus truques, mas não considero que seja uma grande ciência ou que tenha alguma magia. Sempre pensei que temos de respeitar o produtor e a maneira como é cozinhado. Na altura que meti a minha mão num T-Bone já sabia a que temperaturas deveria ser cozinhado e como havia de fazer. Correu bem, a filosofia mantém-se até hoje, há que ter um produto de qualidade e um respeito pelas regras, se existirem os dois, é difícil dar errado”, explica.
Agora, com dois restaurantes especializados em carne e com algumas das melhores variedades do mundo, a peça favorita de Nuno continua a ser o chuleton e aconselha-o a todos os que visitam o espaço.
No ano de 2024, abriu o Gonzagalez Table Experience, um espaço moderno e diferente, que apenas tem uma mesa com 10 lugares sentados. É ali que pode experimentar algumas das melhores carnes do mundo e assistir ao chef Nuno a cozinhar só para si.
Se não existirem marcações para o Table Experience, pode sempre dar um salto ao bistrô, onde há sempre muita carne por onde escolher. Seja black angus ou wagyu japonês, há peças para todos os gostos e carteiras. O sucesso de Nuno já chamou várias personalidades aos seus restaurantes seixalenses, incluindo Tony Carreira e Ricardo Araújo Pereira.
Enquanto está a ler o artigo, Nuno já se encontra a preparar uma nova carta para Table Experience, que irá entrar em vigor este ano, com carnes do El Capricho, um dos melhores produtores do mundo, segundo o responsável.
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