A expressão “os olhos também comem” nunca caiu tão bem e tudo começa a fazer sentido no momento em que se olha para a nova fachada da Mammy Choux. Um toldo preto passou a ser um mar de flores com um logótipo gigante, tudo com um ar encantador. O espaço celebrou o 4.º aniversário no dia 30 de julho, mas continua a surpreender e mantém-se tão fresco que parece uma novidade no concelho.
Nestes quatro anos muito se passou. Viveu-se uma pandemia, conheceram-se pessoas, fidelizaram-se clientes e várias experiências e mudanças foram acontecendo com o passar do tempo. No entanto, a essência da Mammy Choux não se perdeu — apenas ficou mais forte.
“Continua a ser um espaço curioso porque nós também não paramos de surpreender, não estagnamos, a nossa ideia é estarmos sempre com novidades. Queremos manter aquilo que temos com qualidade e isso nunca vai baixar é um ponto assente. Quando as coisas vão andando bem temos a tendência de começar a baixar os braços e isso, de facto, não acontece, faz parte do nosso ADN”, disse Maria Luísa Chambel, 55 anos, fundadora e proprietária da Mammy Choux, à New in Seixal.
Garrafas gigantes, flores, árvores e até uma girafa, aqui tudo é rosa. Um espaço que podia encaixar perfeitamente no mundo da Barbie. Um estilo simples, mas elegante, um cenário onde a doçaria é rainha e desempenha o papel principal da peça.
Tal como qualquer projeto, o estabelecimento acabou por sofrer algumas mudanças estéticas e na carta. “Evoluiu muitíssimo bem, ao início os clientes vieram pela curiosidade e com o tempo, cada vez mais, fomos sempre progredindo e aumentado o número de clientes. Fazemos sempre mais e melhor ao nível das ementas e dos menus. Tentamos perceber os gostos das pessoas no nosso plano, nas nossas receitas e naquilo que para nós é importante e simboliza a nossa marca. Conseguimos adaptar a nossa essência ao cliente, temos visitantes do Seixal, Almada, Cascais, Lisboa, vêm de inúmeras partes”, referiu.
Apesar da tenra idade, já existem muitas memórias e Maria Luísa recorda-se muito bem de como foi o começo e a inovação que a Mammy Choux trouxe para o Seixal. “Quando chegámos aqui em 2019, o nosso conceito foi absolutamente diferente. Não temos uma máquina de lavar loiça nem uma máquina de café à vista, vem tudo da parte da cozinha. Logo aí as pessoas não estão habituadas, entravam e perguntavam se eu tinha café e nós com um equipamento brutal da Nespresso na cozinha e várias receitas de leite para fazer bebidas com cafeína”, relembra.
Ao início, o estabelecimento era visto de uma “forma estranha” pelos seixalenses. Diziam que a loja deveria estar no Chiado, na Avenida da Liberdade. Era um conceito que não encaixava, mas a verdade é que acabou por pegar e, agora, a Margem Sul tem um espaço com qualidade e diferente.
Recentemente a esplanada recebeu flores decorativas, no interior da confeitisserie foram colocados mais adereços como fatias de bolo gigante. Já no novo espaço e conceito, bistrôsserie, foram feitas remodelações na entrada e adicionados novos elementos temáticos — tudo instagramável, por isso, prepare o telemóvel.
Maria Luísa diz que muitos clientes a “enchem de orgulho” quando pedem para ela abrir novos espaços pelo distrito de Setúbal e Lisboa. Efetivamente a ideia destes últimos quatro anos não passou por aí. “Sentimos que o que se devia fazer era a criação de uma base, isso está consolidado. Estes quatro anos serviram para conhecer os clientes. Por mais planos, por mais cálculos que façamos, é em campo e no terreno que vamos aferir as sensibilidades necessárias para fazer a diferença. Para fazer melhor”, esclareceu.
Está planeada uma nova carta de refeições e petiscos para o espaço Bistrôsserie, a New in Seixal já sabe algumas novidades que estão a caminho, como é o caso do semifrio de morango e do pastel cocochanel com massa filo e linguini, tomate, cogumelos e decorado com fruta caramelizada.
Quem é que manda nisto tudo?
Maria Luísa licenciou-se em Psicologia, mas decidiu tirar outro curso, desta vez, em Direito. Em seguida concluiu uma pós-graduação em Recursos Humanos e começou a preparar-se para abrir o estabelecimento.
O processo de preparação demorou dois anos. Nesse período, Maria Luísa tirou cerca de 60 formações complementares ao que estava para vir, desde higiene e segurança alimentar a gestão e controlo de custos. “Montei um bunker em casa e o meu marido engordou muito, porque era o provador oficial e o crítico número um”, contou.
O famoso croissant é dos doces favoritos de Maria Luísa. Neste momento está a fazer dieta, mas se tivesse que pecar era com eles, “são viciantes é terrível!”, remata.
Em seguida carregue na galeria e veja como está o espaço da Mammy Choux.
